quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Diz-me com que carro andas dir-te-ei quem és.

Fiquei sem dúvida perplexo no outro dia quando soube da nova aquisição do Sr. Presidente (não da Câmara mas do seu Presidente, não é engano). Não se contentando com um carro menor (por exemplo S60) escolhe o topo da volvo (S80). Não bastando o motor 2.0 a diesel, escolhe o 2.4. É fácil comprar com o dinheiro do povo. Porque é que não optou pelo S60? Segundo a resposta que deu na Assembleia Municipal, a sua segurança não tem preço e o anterior carro não reunia as condições de segurança necessárias (falar assim de um audi A6 é preciso ter coragem). Com esta resposta duas questões e colocam:
1º Se não reúne as condições de segurança porque é que ainda continua ao serviço da Autarquia, nomeadamente dos seus vereadores? Ou será que não se importa com a segurança destes…
2º Será que o S60 não reúne as condições de segurança do S80, custando menos? Se é pelo tamanho a volvo tem camiões TIR bem mais seguros…
Dando de barato o modelo, vamos analisar motor escolhido. Não se contentando com o motor 2.0 de cerca de 140 cavalos, escolheu o seguinte, o 2.4 de 177 cavalos. Claro que este acréscimo custa dinheiro, mas claro, 177 é melhor que 140, sobretudo quando não somos nós a pagar. Ou será que a Autarquia precisa de carros potentes para fazer corridas?
Mais espantado fico com a suposta oposição, digo suposta porque a única coisa que não faz (ou porque não sabe ou porque não é capaz) é fazer oposição. Questionando o Sr. Presidente com esta compra obtém como resposta que o carro não custou 70.000€ mas sim 40.000€. Barbaridade. E a oposição cala-se? Basta ir à net e verificar que a versão base custa 43.000€, se juntarmos alguns extras que o carro tem, tal como estofos em couro, pintura metalizada, bancos eléctricos entre outras que deverá ter, verificamos que passa dos 45.000€. Se a oposição funciona-se exigia cópia da factura e, caso o valor não fosse os 40.000€ (como aposto que não é) obrigava-o a retratar-se e a pedir desculpa pelo “erro”.
Por não ter uma oposição eficaz é que este executivo faz o que quer com o dinheiro dos contribuintes.
Já agora em atalho de foice, e o ford mondeo do Sr. Vice-presidente? Este também veio substituir o “mitsubichi” do sr vereador que também estava “velho”. A decisão de não venda desta viatura prendia-se com o facto desta servir para a protecção civil. A verdade é que não é usada nesse intuito (pelo menos não tem os autocolantes e os pirilampos), mas sim para passear Sua Excelência o Sr. Secretário do Sr. Presidente, cargo de extrema importância no executivo camarário…
Será que nestas “velharias” da autarquia não sobra nada que me dêem? Dava-me um jeitaço…
É altura da oposição abrir os olhos e impedir que se esbanje dinheiro desta forma.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

A ponte da discórdia

Recentemente assistimos a algumas reacções à entrevista do líder do PS Algarve, como se este tivesse cometido algum crime de lesa patria, ao se mostrar desfavorável à construção da ponte Alcoutim-San Lucar neste cenário de crise económica. O que Miguel Freitas quis dizer, em meu entender, foi que a ponte talvez, mas nesta fase nem pensar.
Tem-se falado tanto nesta ponte, criou-se uma associação "só para defender a ponte". Fazem-se reuniões na capital para defender a ponte, colocam-se placas no local onde deve nascer a ponte. O que eu ainda não vi foi um trabalho sério que analise os prós e contras desta ponte, que nos mostre as vantagens e desvantagens desta infra-estrutura. Neste artigo vamos tentar analisar as vantagens e desvantagens de cada país com esta obra, de uma forma séria, dentro das limitações de cada um, tentando promover um debate profícuo em torno deste assunto.
Na área da habitação temos vários exemplos. Quantos espanhóis vieram a Alcoutim procurar casa? Nenhum. Quantos portugueses vão a San lucar procurar casa? Alguns. Sendo os custos de habitação mais baixos no lado dos nuestros ermanos, será de esperar que com a ponte aumente o fluxo de portugueses a morar do outro lado, pois a circulação de pessoas deixa de estar limitada. Imaginemos agora o caso dos estrangeiros que tanto têm procurado esta zona. “Vêm-se e desejam-se” para construir uma casa, fruto dos condicionalismos de ordenamento que temos. Do outro lado a construção está muito mais facilitada, visto não haver tantas condicionantes. Imaginem o que a ponte irá fazer? Aumentar a procura de terrenos para construir em Espanha e diminuir em Portugal. Estes não têm ligação nenhuma à terra, para eles Portugal e Espanha não passam de 2 países da UE.
Vamos agora ao comércio. Todos sabemos que os produtos em Espanha são mais baratos, fruto da diferença de impostos e não só. Com a ponte quantos espanhóis virão a Portugal ás compras? Muito poucos provavelmente. O inverso será mais provável. Vai ser um corrupio de portugueses às compras ao outro lado. Provavelmente o comercio lá duplicará, visto que o aumento de clientes passa a ser significativo. Nascerá um armazém de materiais de construção e será mais viável o parque empresaria do lado de lá que o de Alcoutim.
E os combustíveis? Não vale a pena explicar. Vai abrir uma bomba de gasolina lá e a das quatro estradas encerra. Quanto às de Martinlongo não sei, vão ter muita dificuldade em se manter.
Julgo que não vale a pena puxarmos muito pela imaginação. Basta ver o que se tem passado nas zonas fronteiriças e extrapolar para o território em causa.
Mas nem tudo é negativo. À semelhança de outras regiões, podemos aumentar as nossas receitas na restauração. Quem conhece Alcoutim sabe que comer ao fim-de-semana no Inverno pode ser uma aventura, logo, poderão nascer vários quiosques de conservas e materiais de “picnic”. Os atoalhados poderão ser outra aposta.
Por todos estes motivos entendo o porquê da defesa da ponte pelos espanhóis. A sua defesa pelos portugueses não me parece tão racional.
É lógico que não podemos nos fechar ao exterior, mas também nada nos obriga a meter-mos a cabeça na guilhotina...

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

A origem deste Bloge

Porque existe?

Este Blog surge da necessidade de repor a verdade em muitos dos acontecimentos no Concelho de Alcoutim. Verificamos constantemente que as notícias que passam para o exterior não são propriamente a realidade existente no concelho, mas aquela que se quer fazer passar. Muitas das notícias são intencionalmente deturpadas de forma a aumentar o protagonismo de quem as cria, sem com isso se importar com imagem dos outros. Defendemos a liberdade pura, damos liberdade de expressão àqueles que têm sido amordaçados. Este é o espaço próprio para dizerem o que voz vai na alma, assinando ou sob o anonimato, sem receio de represálias, repondo TODA A VERDADE.
As críticas aqui apresentadas devem ser sempre encaradas como construtívas. O seu uso deve ter apenas como fim tornar o concelho melhor para quem vive e para que visita.

Porquê este nome?

Alcoutim ao Natural, segnifica sem corantes nem conservantes, isto é, Alcoutim verdadeiro, sem capas, sem artificialismos, sem deturpações, tal como ele é e não como muitos o querem fazer querer.

Quem o criou?

O seu criador é um/uma Alcoutenejo/a nascido à muitos anos nessa terra à beira Guadiana plantada. Por força do seu destino teve de "emigrar" para Lisboa, sempre com a saudade do seu concelho presente. O seu maior desgosto é ter sido "obrigado/a" a sair da sua terra natal, onde guarda as suas melhores recordações e os seus melhores amigos/as. Longe da vista mas não do coração, o/a autor/a procura estar sempre a par das notícias da sua terra.

Porque o anonimato?

O seu bloger prefere manter o anonimato por receio de represálias. Conhecendo os protagonostas do concelho e tendo em conta o seu passado, tem a consciência que a sua identificação poderá trazer problemas aos seus familiares a residirem e trabalharem no concelho de Alcoutim.

Qual a sua área política e religiosa?

Este blogue não tem intenções políticas ou religiosas. É um blogue interventivo, que pretende alertar para as mentiras, os erros, a falta de ética, entre outras, sejam elas direccionadas para os executivos ou as oposições. Quem exerce cargos públicos ou políticos está, naturalmente, sujeito à censura das suas palavras e acções. É essa sensura que pretendemos fazer, sejam os alvoas da direita ou da esquerda. Todas as observações serão efectuadas à pessoa enquanto representante público ou político e não enquanto pessoa per si, sendo de reprovar todos os ataques pessoais que não tenham ligação directa à causa pública.


O autor