Mais
um artigo de Francisco Amaral, mais uma enxurrada de baboseiras, mentiras e
outras asneiras. Exige-se a quem ocupa um lugar nesta natureza maior rigor nos
números que apresenta.
A
entrevista em si até parece que foi alterada. Será que foi por causa dos
comentários que surgiram? A apresentação surge neste link: http://www.regiao-sul.pt/noticia.php?refnoticia=127823
mas a entrevista completa surge neste: http://www.regiao-sul.pt/fichaentrevista.php?refentrevista=274
. se repararem a entrevista não contém os temas que surgem na
apresentação.
Parte 1 – A apresentação da
entrevista
“ …sou
um homem de serviço público…” quem o conhece diria que é um homem que se serve
do público… prova disso é o esbanjar de dinheiros público em prol dos amigos e
do seu ego.
Então
os deputados são parasitas? Porque não disse isso na Assembleia da República? Por
que é que andou a pedir o votos nos deputados do PSD nas 2 últimas eleições
legislativas? Será que esses são menos parasitas? O Sr. critica todos os
políticos, são todos uns esbanjadores do dinheiro público, o única que gere bem
é o iluminado do Amaral. Pura humildade…
“… só de subsídio de deslocação eu ganhava 400 contos, isto em 1999…” 400 contos são 2.000€. Mentira,
mostre os recibos para provar, se disser que ganhou essa quantia em subsídio de
deslocação nos 2 meses acredito.
“…tenho
bons vereadores…” Não poderia estar mais de acordo. Todos reconhecemos a
capacidade, a competência, a simpatia, a humildade e até o currículo invejável
dos seus vereadores. Se o melhor que o PSD tem para apresentar nas próximas
eleições são os seus vereadores, ou o partido anda muito mal, ou a fasquia está
muito baixa.
“…somos
um exemplo como autarquia…” esta é a única verdade da entrevista. Uma autarquia
que perdeu cerca de 1/3 da população, que nada fez em prol do desenvolvimento
do concelho, tudo durante o seu reinado, é, de facto um exemplo, de como não se
deve governar.
É de
facto curioso que se queira candidatar a Castro Marim. Sempre disse que estava
na política para servir os alcoutenejos. Que a politica não o estimula. Que a
sua preocupação são os alcoutenejo, blá, blá, blá. E agora? Candidata-se em
Castro Marim em prol de quem? Dos castro marinenses, dos alcoutenejos, ou de
si? Passa a ir às quintas-feiras para o hospital para receber os alcoutenejos
ou os castro marinenses?
Será
que a sua paixão agora passou a ser Castro Marim? Já agora, vai levar as moiras
para a feira medieval?
Em
Castro Marim o transito pára sempre que o Amaral passa. Com o rigor numérico a
que nos habituou, diria que mais de 30.000 pessoas o abordaram em Castro Marim
manifestando o desejo de o ter lá…
Parte 2 – A entrevista
O Sr
Presidente orgulha-se de só fazer obra com recurso a fundos comunitários,
pagando a autarquia 25%. Parece que descobriu a pólvora. Todas as autarquias
têm feito isso. O problema é quando faz obra com recurso a verbas comunitárias
sem qualquer interesse, aí está simplesmente a esbanjar os 25% da autarquia. Querem
exemplos? Os núcleos museológicos. Quantos milhares de euros foram gastos pela
autarquia?
Qualquer
obra que lançam têm duas a três dezenas de concorrentes. Não é o que parece,
pois nas fiscalizações “calha” sempre à prospectiva ou ao sr palaré…
“A
autarquia não tem dívidas…”, então os 1,5 milhões que referiu 2 perguntas
antes? Fraca memória.
“Temos
uma rede de transportes intraconcelhio…” Rede? O sr sabe o que é uma rede de
transportes? Não é seguramente um autocarro que vai à vila uma vez por semana. Quem
não sabe pensa que existem muitos. Mais uma mentirita para enganar os menos
informados.
“Valeu
todo para ganhar eleições, não só a nível de governo como nas câmaras.” Com
esta eu concordo, mas não se exclua, pois todos sabemos que o Sr não faz nada
sem “pedir” o voto em troca, e quando sabe que alguém não vota em si, pura e
simplesmente deixa de ser ajudado. Este texto não chega para dar exemplos, se
quiserem faço um só com este tema.
O Sr
dá a entender que gere a Câmara como gere a sua casa. Acredito, sabe-se que por
vezes tem dificuldade em saber se está a gastar do seu ou da autarquia, uma vez
que mistura facilmente as duas coisas. Paga almoços a amigos com dinheiros
públicos, usa o carro da autarquia para serviços privados etc, etc.
Depois
continua com o discurso de vítima. Os mecanismos de ordenamento do território
não deixam fazer nada, sobretudo nas margens do Guadiana. Mas o Sr sabe a
receita para contrariar esses mecanismos. Nas margens do Guadiana o Sr
construiu um caminho privado violando uma série de condicionantes (REN, Rede
Natura, Reserva Biológia, Leito de cheias Etc.). Se conseguiu legalizar essa
obra, então não deverá ter problemas em legalizar outras, ou não?
Alcoutim
tem “…dezenas de milhares de cabeças de gado e 40 zonas de caça turística…”
santa ignorância. 40 zonas de caça turísticas? Dito por um caçador. Ou não sabe
a diferença entre turística e associativa e mete tudo no mesmo saco, ou anda distraído.
Eu não percebo nada de caça, mas basta ir à net para ter números mais rigorosos
(menos de metade do que referiu). Dezena de milhares de cabeças de gado? Será que
está a contar com os animais que o rodeiam? Esses valem por muitos. Os de 4
patas nem 10 mil existem no concelho (juntando cães e gatos inclusive). Se estou
a mentir desafio-o a apresentar dados concretos.
“Você
vai a Alcoutim, vê centenas de iates naquele rio…” Mais um que vai ser operado
às cataratas pois não vai ver isso. Quem conhece o Guadiana sabe (e eu
confirmei com um primo da minha tia que lhe nasceram os dentes no rio) nem no
verão o rio tem, desde Vila Real até Mértola, uma centena de barcos. Em frente
a Alcoutim não são mais de 30 nas melhores alturas. Esta parece a que foi
publicada na página da Autarquia acerca da palestra sobre o alcoolismo. Cerca
de 100 pessoas. A sala não leva mais de 50 ou 60 e nem sequer estava cheia.
Pelas fotos podemos contar cerca de 40 pessoas (incluídos os funcionários que
devem ter sido obrigados a fazer número)
As mentiras
do costume, para Inglês ver. Ou será para os castro marinenses acreditarem?